Breve Histórico

Lançado em 1943, como iniciativa da Secretaria de Cultura da União Estadual dos Estudantes (UEE), o Salão de Abril foi encampado em seguida por artistas que atuavam na cidade nos anos 1940. Foi assim que, a partir da segunda edição do Salão, em 1946, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) assumiu a sua realização, tornando-se a entidade responsável por sua continuidade até 1958. Faziam parte da SCAP artistas como Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Barrica, o suíço Jean Pierre Chabloz, o jovem Estrigas, a sua futura mulher Nice Estrigas, Sérvulo Esmeraldo e, mais tarde, Dona Heloísa Juaçaba e muitos outros artistas que vieram em suas edições até os dias atuais.

O Salão de Abril nasceu, também, na esteira de uma movimentação artística que teve início com a irreverência da Padaria Espiritual. Eram reuniões que congregavam poetas e escritores, em acalorados encontros em que introduziram a poesia moderna na capital cearense. Foi com as mostras do Salão, por exemplo, que se introduziu a Arte Moderna, que já vicejava em reuniões e mostras da região Sudeste do País.

As exposições do Salão de Abril, contudo, não tiveram uma constância. Houve um hiato nesta periodicidade logo depois de suas primeiras edições. Somente em 1964, quando a administração municipal ratificou publicamente a importância do Salão e tomou para si a responsabilidade da realização anual do evento, o mesmo assumiu um papel de eixo da vida cultural da capital cearense.

Com 78 anos de existência e em 72 edições, nomes importantes participaram de suas mostras. Em 2021, o Salão de Abril presta uma homenagem ao artista plástico Raimundo Cela.

Alguns locais de realização do Salão de Abril

Fotos Arquivo Nirez